Sentado ouvindo “aquele” boom bap, tomando um bom licor e pensando na vida. A nostalgia vem com o fechar dos olhos, degustar novamente o sabor daquele momento de felicidade que já vivi.
Questiono-me sobre as alegrias da vida adulta, onde eu consegui me perder na jornada e em que ansiei o momento que iria me reencontrar. De olhos fechados, faça este exercício, pense na primeira vez em que pisou em uma grama molhada, que segurou a mão da pessoa que você já gostou algum dia, até sentir a barriga ter uma sensação estranha só de olhar alguém.
Imaginar o sabor do passado não é a mesma coisa que sentir o amargor do presente. No passado as adversidades já aconteceram, no presente vamos precisar lapidá-los. O desafio está em transformar a realidade em algo que você saiba que irá superar.
Gosto de ter meu tempo vago, de me conectar com a rádio dos meus pensamentos, no som dos perfumes que já senti, nos que preciso sentir e aqueles que jamais sentirei novamente.
Este texto é para retratar o quão me sinto bem, com a tranquilidade que fecho os olhos e enxergo o mundo em um colorido constante, com música boa e a discoteca da vida.
Tenho ficado sozinho rodeado de um monte de gente, é uma opção, ser um observador dos seres humanos. O isolamento me fez encaixar o soluço com o suspiro, como se o diafragma sincronizasse com o coração, lembrando daquilo que realmente me faz respirar.
Minha alma emana alegria e leveza. Só tenho um recado ao universo, obrigado por me fazer transitar em meu próprio sonho e descobrir que nunca deixei de sonhar.